Terminou nesta sexta-feira (30) a Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite. Os dados da imunização, no entanto, preocupam as autoridades sanitárias do Brasil, já que apenas 45% do total de crianças entre 1 a 5 anos foram vacinadas, segundo informações da Revista Exame.

A mobilização nacional é feita pelo Sistema Único de Saúde e teve início no dia 5 de outubro. A meta da campanha era imunizar 11,2 milhões de crianças. Segundo os dados do Ministério da Saúde, divulgados na quinta-feira (29), a cobertura entre as crianças com dois anos de idade foi de 45%, a maior taxa na faixa etária. A menor foi registrada entre as crianças de 3 anos de idade, com 43%.

A reportagem da Exame apontou ainda que somente 646 municípios do país atingiram a meta de vacinar pelo menos 95% das crianças. Se o objetivo da campanha não for alcançado, a doença que não tem cura e causa paralisia infantil pode voltar. O Brasil recebeu, em 1994, a certificação de área livre de circulação do poliovírus selvagem da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) .

O cenário atual, porém, preocupa diante de um governo federal que questiona a ciência e a importância da vacinação. A reportagem da Exame lembrou ainda que a baixa procura pela campanha contra a poliomielite ocorre em um momento em que o Supremo Tribunal Federal deverá discutir uma irresponsável ação de pais que defendem o direito de não vacinar os filhos, com fundamento em convicções filosóficas, religiosas, morais e existenciais.

O debate gerou repercussão já que está relacionado com uma possível e futura campanha de vacinação da Covid-19, quando o imunizante estiver pronto e eficaz. O candidato do PT à Prefeitura de Campinas e médico sanitarista, Pedro Tourinho, falou sobre essa questão em entrevista ao Brasil 247. Na ocasião, Tourinho disse que “a guerra de Bolsonaro contra a vacina é imperdoável”. 

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